segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
I.
tem um mar aqui quando fecha os olhos
não é choro não é salgado
não são cílios enrugados
tem um mar aqui quando pisca os olhos
acho que é uma margem para debruçar-me e dormir.
II.
o poema me livra das palavras
as palavras me adoecem, sã,
enquanto me vê no terceiro sorriso da tarde
nos abraçamos no vermelho do casal que dança
e faz festa, alegres, de nós fazerem amor.
tem um mar aqui quando fecha os olhos
não é choro não é salgado
não são cílios enrugados
tem um mar aqui quando pisca os olhos
acho que é uma margem para debruçar-me e dormir.
II.
o poema me livra das palavras
as palavras me adoecem, sã,
enquanto me vê no terceiro sorriso da tarde
nos abraçamos no vermelho do casal que dança
e faz festa, alegres, de nós fazerem amor.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
i,
saudades do damasco dos teus lábios
de quando te vejo
sorrir aldeas distantes
e silenciar adeus.
me reparto.
ii,
a mágica dos olhos que cura
embolada.
crescida à pó, de serpente o seio que te alimenta
na vertigem que evapora.
iii,
te aconselho:
orar por milênios
ajoelhada nos meus pés
se te esquecer?
será remota lembrança de pássaro de fogo, sentido no fio mudo do olhar,
que liga nossas almas
às suas asas.
saudades do damasco dos teus lábios
de quando te vejo
sorrir aldeas distantes
e silenciar adeus.
me reparto.
ii,
a mágica dos olhos que cura
embolada.
crescida à pó, de serpente o seio que te alimenta
na vertigem que evapora.
iii,
te aconselho:
orar por milênios
ajoelhada nos meus pés
se te esquecer?
será remota lembrança de pássaro de fogo, sentido no fio mudo do olhar,
que liga nossas almas
às suas asas.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
domingo, 29 de julho de 2012
quarta-feira, 25 de julho de 2012
I
Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua do estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas.
E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena.
E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas. Que este amor só me veja de partida.
II
E só me veja
Hilda Hilst
sábado, 7 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
segunda-feira, 2 de julho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
segunda-feira, 25 de junho de 2012
receita para margens verdes na montanha
passar mel nas bordas da serra
e
então, suave, o azul do céu nos olhos das crianças
transpassar lágrimas no corpo da mulher, de uma esperança,
plantar na terra olhos eternos
sexta-feira, 15 de junho de 2012
quarta-feira, 6 de junho de 2012
.o barro, o silêncio:
faz crer que tudo existe
vou Entregar-me por completo a esquizofrenia
São belas as vozes. Tem uma sinfonia nelas.
Mesmo quando durmo. Ou quando marca horas comigo,
Há séculos, e eu fico perdida pelas portas que não abrem. ando menos ansiosa. Desta vez você acertou os remédios.
Prefiro imaginar que nós nos encontraremos no eterno. Sem pressas.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
1. 2.
1.
encontro a gravidade da
dança nos olhos
frágeis das crianças
e flutuo os pés
virados em névoas, sapatilhas de ponta,
vertigem nos olhos das crianças.
caminho buscando o céu. e nada me salva
a não ser o teu grito
2.
sussurou margaridas
nos ouvidos meus
à cidade enfeitada de carne e pele
deitada em você
. deitada em nós.
sussurou margaridas nos meus ouvidos.
deitada de pele e carne no meu colo.
alucinada de carne e pele a cidade
cheirava margaridas nos ouvidos meus
e tinha medo. e se mexia a cada pensamento. temia não ser eu
a sussurar margaridas nos seus ouvidos
3.
nesta manhã
na praça do hospital
um pássaro sobrevoou meus tímpanos. eras sol. na manhã sem cor.
lembrei que um dia, muito remotamente, senti fome.
me alegrei ao lembrar da sede da fome.
encontro a gravidade da
dança nos olhos
frágeis das crianças
e flutuo os pés
virados em névoas, sapatilhas de ponta,
vertigem nos olhos das crianças.
caminho buscando o céu. e nada me salva
a não ser o teu grito
2.
sussurou margaridas
nos ouvidos meus
à cidade enfeitada de carne e pele
deitada em você
. deitada em nós.
sussurou margaridas nos meus ouvidos.
deitada de pele e carne no meu colo.
alucinada de carne e pele a cidade
cheirava margaridas nos ouvidos meus
e tinha medo. e se mexia a cada pensamento. temia não ser eu
a sussurar margaridas nos seus ouvidos
3.
nesta manhã
na praça do hospital
um pássaro sobrevoou meus tímpanos. eras sol. na manhã sem cor.
lembrei que um dia, muito remotamente, senti fome.
me alegrei ao lembrar da sede da fome.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
segunda-feira, 28 de maio de 2012
O Chico, um amigo dos tempos da fflch, escreveu um poema sobre o que escrevo,
fiquei feliz e surpresa. na primeira vez que li, nem olhei direito, fiquei tímida, depois consegui olhar melhor, e agora compartilho com os leitores daqui o olhar poético do Chico, um amigo do para sempre.
ler aqui.
fiquei feliz e surpresa. na primeira vez que li, nem olhei direito, fiquei tímida, depois consegui olhar melhor, e agora compartilho com os leitores daqui o olhar poético do Chico, um amigo do para sempre.
ler aqui.
sábado, 19 de maio de 2012
bricoler
i, o trem
ela morava beirando uma passagem de trem. neblina não faltava. se acostumou com os horários de apitos movediços. desexistiu as estações. somente
imaginava dormia embalada pelo prateado dos trilhos e sonhava com o cintilante da cidade formado de movimento
do trem.
com o movimento. sonhava as estações. mas via homens subindo no meio do caminho. andarilhos ou forasteiros, não sei. se acostumava de adeus, talvez sim
com os olhos me ocorreu uma mulher passeando pelos cilhos do trem. movida a barrigas grávidas.
ii, a estação
a mulher acalmava a cidade com as cores. passava seus cabelos tingindo as bordas que horizontavam a cidade. a cidade. a cidade.
eram as bordas tingidas de amanhecer. a mulher. a mulher era o cabelo a procurar a cidade.
curar.
iii, as conchas
das imagens o pensamento que debruçam palavras no mar. elas dormem amanhãs.
terça-feira, 8 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
oris
pelas horas distraídas dentro de você. amor
quando todos os pássaros
se dispersarem nos olhos
lamentaremos a névoa
da vida, ruptura das mãos
de pele grossa que serena o que não existe
no vermelho horizonte,
dos que te amparam. o absoluto
mais que instante, carne viva.
sim, latejam contornos,
formigam páginas.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
sábado, 31 de março de 2012
.
trombam azuis
antes de existir, concebia de erros,
marejada de ideias
me limpei de livros
o orvalho descansou as pernas
faminto de palavras vazias
sábado, 24 de março de 2012
quarta-feira, 14 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
La pluie
domingo, 19 de fevereiro de 2012
sábado, 11 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
querido.
o que desejo pro nosso amor. é que você consiga amar muitas mulheres.
te tranquilizo. as minhas preocupações estão voltadas pra essência da água.
e passei o dia observando aquela porta que desenhei pra voc|ê. antes de saber quem era.
e a mesura.
"nos olhos de vidro/ tenho você/ fragmentado"
reparou hoje que todas as pessoas do mundo fizeram um verso que falava de ausência?
penso que o mundo será salvo pela poesia. e a noite com o tempo não irá mais existir. sinta a distribuição do tempo e a rotação da terra.
com amor,
dani
(queria me inventar outra pra te agradar. farei um fake meu com o meu próprio nome. eu que não existo serei eu mesma. mas ainda vou refletir mais sobre essa ideia.)
o que desejo pro nosso amor. é que você consiga amar muitas mulheres.
te tranquilizo. as minhas preocupações estão voltadas pra essência da água.
e passei o dia observando aquela porta que desenhei pra voc|ê. antes de saber quem era.
e a mesura.
"nos olhos de vidro/ tenho você/ fragmentado"
reparou hoje que todas as pessoas do mundo fizeram um verso que falava de ausência?
penso que o mundo será salvo pela poesia. e a noite com o tempo não irá mais existir. sinta a distribuição do tempo e a rotação da terra.
com amor,
dani
(queria me inventar outra pra te agradar. farei um fake meu com o meu próprio nome. eu que não existo serei eu mesma. mas ainda vou refletir mais sobre essa ideia.)
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
sábado, 14 de janeiro de 2012
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
ardume nas fronteiras com o ar
nervura que escorre o dorso
nas mãos
ou o que adjetivasse a palavra
vida
..............................
os dedos molhados
lentos de estalagmites
conjunto composto de reentrâncias
às beiradas de um homem
.......................................
todos os sentidos, desse haver sentido
por haver sentido
sentido algum.
nervura que escorre o dorso
nas mãos
ou o que adjetivasse a palavra
vida
..............................
os dedos molhados
lentos de estalagmites
conjunto composto de reentrâncias
às beiradas de um homem
.......................................
todos os sentidos, desse haver sentido
por haver sentido
sentido algum.
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