segunda-feira, 31 de maio de 2010



tempo

elevou-se. foi até o espelho, sem sol. marcou com a unha um risco na face. sangrou. marcas de futuro, menos um dia presa a mim. mais um dia presa a mim. impressões pretéritas. contagem de tempo no corpo, parede riscada a contar os dias -, cadeia. ao lado, cosméticos que agonizam o tempo.


fiar

ar

luz

domingo, 30 de maio de 2010

urdi triz

carioba, hoje

tem veludo no teto da fábrica
tingido de vermelho
do sangue que desce das
pernas
- tecelãs -
(tece urditriz)
a triz
furadas com as pinças
dos teus olhos
lãs.

ps. hoje visitei carioba. uma vila de fábricas. há muito passo por lá. por lá não paro muito. tenho medo dos cachorros.
tiramos fotos. eu e a patrícia claro, que é bailarina, atriz, mas que queria mesmo ser tecelã.

o amor e o comprimido

O amor é a história que vem em cartão cor-de-rosa
Daqueles que respondem: “o amor é...”

O amor é aquilo que você quer segredo
Depois de aprender a palavra -
Platônico.
E faz explícito
(no meio da rua)
entre olhares de rabo de olho.


O amor é aquilo que fez sua tia esquizofrênica entrar
em surto.
E ver em todos os homens do mundo
o seu amor impossível.


O amor é aquilo
Que me fez largar todo certo
Pelo tudo incerto.

Amor é pros loucos.
- afirmação de loucura diária
que aos poucos mata.

O amor é um susto (cardíaco) que passa
Quando tomamos o remédio certo

No meu caso foi sonho -
Sonhei dois anos um mês e seis dias,
Após dosagem adequada


descobri que na verdade queria um cafuné!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

maestro, (não esqueça de clicar aqui)

por esses dias, brasília.

no retorno - aeroporto, avião, gente.

no meio da gente. gente famosa.

maestro.

fotos? não,

ele me parece cansado.

voar até são paulo:

poltrona, gente, sinto, segurança. medo!
turbulências.

no vídeo documentários sobre pianistas e seus dedos ágeis.
os gênios, genes, pessoas.

pare cer eleva dor.
tortura. lembrei de 1984, da tortura.
como alguém te torturaria?
a mim -,

quinta-feira, 27 de maio de 2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

uma sensação
de contar os minutos
de medir os palmos de céu,
(de cortar as linhas,
e esvaziar-se de baratas)
uma vontade de correr pra porta da fábrica
e me abrigar no sereno
passar noites em vigília
de algum nosso medo de perder
qualquer coisinha aqui
que aprendemos a valer
- contas que inventamos pra ocupar as noites de sereno (no calor.)
- aquele olhar, daquele homem do sul,
algo existe, algum caminho a seguir
sem viés.
e o homem cobra com seu olhar medotauro - cobra: lealdade com os olhos
frágeis de ave de rapina
sem cruz.
como esperança
daquela febre que não vem.
e por certo passará sem nos deixar nem ao menos mortos.
uma vontade de abandonar tudo na estrada
de descaber no mundo
que em meadas conduz
( forja da luta)- que fuga sem luta- que me enforca de tanta certeza,
porque faço questão de tudo enfim.
um tudo sempre
de uma palavra (silêncio)
que não quero que exista
de uma noite que começa agora
nas costas encravadas em algum objeto macio.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

(lembrei-me)
Vento interior
Tem tanto sei lá no varal
que dá vontade de chorar
a menina que corria feliz,
Solapou a cabeça
de pouco o quê?,
não conseguia ligar os pontos,
nem desenhar as palavras
.
Dizem que o
amor movimenta o mundo
mas não a mão do rapaz

Guarde no afresco
(gelada), um segredo
na carne: detalhe.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

galhos queimados amarrando o céu

eu dor
tu a(n)dor

tua beleza é movimento.
tormenta que dança.

balé em sina
pura estética

que arranha seu
dorso, funde meu corpo
dor só
gesto, corpo extático

toca, tateia caminhos

na manhã que se-para
nós
galhos queimados amarrando o céu

terça-feira, 18 de maio de 2010

Considerações acerca da Daniela (rs)

Seu nome: Daniela
Idade: 34 (33?). 34..

Atividade: socióloga, um projeto de...

Profissão: poeta, hoje todo mundo pode ser poeta, ave! depois que invetaram o verso livre todo mundo é poeta, até a Daniela

A história:
Não se poderia dizer que fora um história alegre, nem tão pouco triste. No final das contas, ela achou que seria melhor não ter acontecido nada. Mas como já tinha acontecido: convinha mais aceitar os fatos. este é você. minha história é só uma história, sem grande importância. que se junta a outras histórias.

Para os que duvidam, ela já foi menina, já teve vida de menina. já. ainda sou.

Hoje tem traços de mulher, marcas sinuosas do tempo. e adoro tê-las, ou será que elas que me tem?,

Mas ainda usa presilhas delicadas no cabelo, tic-tac.

E tem um terno vermelho, e a força de uma bala, embrulhada em papel. e uma gargalhada desafinada (mentira, afinadinha).

O que eu mais gostava era quando nos olhávamos de ralance, assim, sem querer olhar e ríamos por um motivo que nem eu e ela sabíamos qual. E ela ali me vendo, eu me sentindo nu, tão fora de uma proteção, tão sem máscara, sem graça, insosso...um homem apenas...sem um outro personagem...eu!, foi muito bom te conhecer, felipe. [porque você passa uma coisa de acreditar, e poder ser, sem medo] (ufa! algo de bom).

A angústia e o medo de dizer as palavras tortas. eu não senti isso. eu sou eu rasgada...(MENTIRA! vc não é rasgada nem aqui nem na china, cheia de subterfúgios)...não quero te atrasar.

O dia que a gente mais quer chega e depois vai embora levando com ele alguma coisa de nós. o tempo cura.

As mãos ficam vazias e a gente se pergunta, pergunta criança:

Como será o amanhã?; está se perguntando?, eu não tenho expectativas. só quero minha vida inteira, e com ressalvas, ela pequena e rotineira. Amém!
felipe, dani

Ave branca no chão rasgou o trilho. paralisou o trem
Escorreu na linha,
Pousou coração, estraçalhou-se corajosa na frente dele.
Ousou solidão
foi carvão, lapidado, quase. E o trem passa a toda hora no limite do tempo. E as horas, o círculo, gritam no relógio pardo. O grito de ponteiro na parede da estação para que todos não percam o mesmo trem na mesma hora todos os dias seguintes. E a linha em frente infinita. E as horas em círculos, repete, repetem, repete.
Prefiro trocar cartas demoradas.
o som do trem
Passou. Não vi, ouvi.
E a ave branca parou o tempo. Atrasou as horas. Lembrou-me solidão. Quase se vive em estação
poeira e cheiro de terra, na cor que vejo, a cor que vejo. então vejo. E por um instante quase se vive na estação. Na estação é quase por enquanto. De passagem comprada pra um lugar certo, vistado, de repente, repete, a ave branca morre.

a estação é vazio. o céu distante. as horas ponteiros que buscam números. o tempo morre. ouço o som do piano na estação. alguém toca sem pressa. e é certo alguém sabe o que sentimos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Uma sensação de me aceitar tão forte. De saber-me, assim defeito, algumas coisas, mais ou menos, que se perde(m), e acho, no meio daquilo que sou. E ainda assim me aceitar. E tanta lucidez do mundo, das pessoas. da minha vida, pequena. Da rotina. Da minha vida só. Que pode acabar ali, na esquina, e só. Como se eu tivesse tomado uma injeção de qualquer coisa que me deixasse leve, como se eu desse adeus pro sonhar e ainda asssim continuasse viva. E lúcida. De uma certeza que não carrega as costas. Uma certeza que a gente só sente.

domingo, 16 de maio de 2010

Escreve a morte: “Começou os pés a definhar.” [não esqueça de morrer]. O livro vai vender mais. – censurado.

Esqueceu os comprimidos na nécessaire em cima da pia do banheiro da estação. O trem passou na hora exata. Esqueceu-se em comprimidos.

E o quadro lá, bem adiante. Parece, janela, que estou dentro. Não, existo ou penso, logo, estarei fora. Mas a ilusão que na sala anterior disse pra evitar me enfia dentro do quatro, não sei ao certo, se dentro da janela, olhando-me, ou na iminência do pulo. Matando-me.

E sem flores nem frutos, Pra que te serve tantas sombras?

Anotados:

- serve
- evite
- não esqueça de vender mais.
Vestido bordo. No meio da rua ao lado da caçamba. Entulhos. Servindo para o concerto. Corpo parado ao lado da menina de bordo. De frente agora. Um barulho de portinhola abrindo, demorando, aquele som, que nos conta que falta óleo e toca uma música doida. Ou doída!E desafinada. Concentrada. Seus movimentos atenciosos, no peito, ferrugem pálida. Tira dali coloca aqui. Refaz, remexendo na máquina. Triste, olha-a. Antes de fazer consertos ela dormia. O sono era o motivo da sua existência. O dia, as horas, as pessoas, esperava por sono. (Agora tirou da cabeça uma rima, branqueou, e lembrou do tempo que tudo se organizava a partir da hora de dormir.) Depois que arrumou este trabalho de transformar sucatas [em sonhos] não teve mais tempo de dormir o dia no seu corpo noturno. Retornou atenta, bem ali no peito, sorriu. E ele também. Ligados por um fio, o que abria aqui, transformava lá.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Há uma louça que bate em algum lugar
Alguém vive lá
Há um salto que caminha
Por escada
e comanda os ouvidos
alguém vive lá
os detalhes sangram
tropeços marcam horas e
desmentem –
não há vida lá

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Amor,

Não dormi muito bem a noite e você sabe quando falta sono sobra desequilíbrio no dia seguinte. As idéias ficam desajuizadas, meu corpo fica sensível, choro à toa. E penso: “logo a noite chega de novo e sono remontado é mais saboroso.” Quando tenho insônia não faço nada. Não leio porque me falta concentração. Não escrevo porque tenho preguiça. Mas olho para o teto branco, salmão na verdade, e fico quieta, ás vezes ansiosa para dormir, mandando o sono embora, outras se esquecendo de mim, do mundo, e recomeçando a partir do teto branco. Esta noite pensei em você. Queria corrigir duas coisas sobre a nossa última conversa: 1. Tente me entender; não sei como, não pelo que escrevo, não com sua cabeça, nem com tantas ideias anteriores, só tente me entender. Sinta-


me.
Quando
Olho



escuto
leio
sei.

2. Você não existe. E também digo do nome, sobrenome, endereço, história.

Não sei do que digo. Sei que não existe. E por isso te invento todo dia. E sei que não fez o que falou porque não existe. Por que não existe. Sem interrogação a vida é melhor. E o teto branco bem-vindo. Quando disse pra tentar entender o outro, distante, falava de mim. E segundos antes disse: “não me entenda” – achei arrogância minha. E voltei pra te dizer me preocupo com o que pensa sobre a minha arrogância.

Mas ontem não existiu. E você não foi a lugar nenhum, nada que tenha querido contar deixou de ser contado. Tudo já foi dito em uma única frase. E eu e você querendo dizer mais do que é possível. Bestas humanas.
Outro dia saí, raramente faço isso, e dei de cara com alguém que me assustou. Parecia muito comigo, o aspecto físico, o jeito, a voz.

E me lembrou. Você me esquece.

Isso não tem importância.

A folha em branco sempre me assustou. Porque a sei, deveria continuar em branco. E você deveria não existir.



Abraços

Maria

quarta-feira, 12 de maio de 2010

mãos atadas
calaram
piano, violão
em voz
corpo, é porque instruída
respondo e repito o que dizem.
responde a padrões, sou uma época um lugar. tenho os filhos que devo ter.
nunca seria o que eu sou se não fosse pra ser/não ser.
corpo, desqualifique padrões, mas não morra na guilhotina das emoções.
internações.
corpo sente-se aqui nesta alma. me mate aos poucos e de nada.
(alucinações me vivem em gotas)
corpo, vou desaguar tua vontade na ausência.

domingo, 9 de maio de 2010

seca?,

escrevi o que eu sinto, mas é só isso. acho que eu não preciso mais escrever, nunca mais. estou satisfeita.

enfeita num verso, aperta o que eu sinto, em poucas palavras, transforma.


sou amena.
e as coisas, simples. simples é sempre plural.
Como poderia dizer algo contundente. sem interrogação. senão sou.
Dentes, pontudos
Objetos, corte, contundentes. Armas brancas, objetos de fogo.
Amas...
Vou escrever uma carta de amor:
“bi..(não existe, tudo bem?)
Eu não teamo mais, vou embora, por que, você só me troca pela aparência que aprendeu importante. E pelas pernas bonitas de qualquer moça. /uma mulher jamais escreveria isso. não eu. /Já fiz minha mala inúmeras vezes mas tenho medo de me deixar. Volto pra buscar as roupas que sobraram no tanque.
Ara.”,
tudo, eu nunca escrevi cartas de amor mesmo. porque não consegue manter os objetivos. uma carta de amor é uma carta de amor, é só escrever.
mas lembrei que ontem alguém me disse: é hoje que ele vai me deixar. espero. há tempos me preparo. tomara que eu chegue em casa e leia um bilhete:

jo,

não posso mais te dividir com o trabalho. já pedi pra largar o sindicato. e essas coisas de mulheres. hoje vou embora pra sempre. não me procure mais.

carlos.

(uma mulher prevenida vale por duas); ele voltou pra casa da mãe dela?; ou pra ex?; resposta: para casa da ex. ela não chorou porque é uma mulher madura.

Ou sobre a inveja. Vou escrever sobre a inveja, (suspiro) tem que ser algo bem bonito, pra recordar de mim, não quero que me esqueça nunca. lá vai sobre a inveja:

Ela escolhe tão bem as palavras.

Ou sobre a falta:
Me falta. alguém que (mude tudo de lugar) me ame, incondicionalmente. e em tempo eu mesma.

Ou sobre a manhã:
Queria a alma do amanhã em sacos plásticos de defuntos que tenho medo hoje.

E Sobre o ontem: e isso é definitivo – o ontem
me faz parecer intensa.
o hoje um despercídio
e o amanhã, não sei vou procurar uma palavra. quem sabe ela não me ajude!

Era áspera a barba. E cheira muito fedido. Fumo. Tuas sobrancelhas me enojavam. E hoje depois de muita conversa penso para amenizar o ódio: “será que você me amava?”,
Pensamos pra amenizar, sempre. larguei dele porque a certa altura o cheiro se assemelhava ao teu. Repulsa. mas na verdade não me importa, nem triste fico.

ela falava o tempo todo. e eu. minhas palavras cobriam as dela. engraçado ela inventada o amor dele. ela é bonita.

(choro),

Sobre escrever:

Lamento, censurado.

Corpo sente-se aqui no nada. na vontade. não espere. quero
ser amado religiosamente abusado Com muito amor.

Dani,

ps: acho que fiquei rouca. um nó na garganta. E a lágrima é salgada, todos virão, logo existo. Não pega bem rosto molhado:

Seca

sexta-feira, 7 de maio de 2010

a mesa do jantar,
balança.
a comida enjoa.
o medo a proa.
navio
só escrevo aquilo que não mata
não me mata
anemidades.
só olho os olhos que
fútil, superfície,
me vejo.
o teu cristal fura
as ruas
com um beijo
.
têm pontos
os pontos amenizam
minha cabeça dói, pálpebras pesam
palavra apontada pra mim

só escrevo o que não mata

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Os nomes. Você antes de dormir misturou os nomes. As três e uns seis nomes. E o interesse era aquela que não falava muito. E a presença em fila das três. E o nome daquela que não falava muito e chorou. aproximação da lágrima em um fio de luz. Foi abandono de amor. Amor deficiente. E você nos nomes. Ela lembrou sua vó. Agora eu choro. Achei-a parecida com sua vó. E você preocupado com o nome. Sua vó era de lá. E cantava muito bem. Por que o nome que nasce não é nome que se tem?

cine minha..

a porta..

o terror, amor e
paz...





trem.



terça-feira, 4 de maio de 2010

Passei um tempão sem dar as caras no cinema. Andei sem paciência. Justifiquei pelo excesso de shopping e dos movie.com aqui do interior. Mas na verdade mesmo minhas idas até são Paulo não me animaram. Ou seja, faltava saco. [há uns 10 anos atrás ia no mínimo 4 vezes por semana], cansei. Odeio shopping, salas de cinema em shopping, enfim, aqui no interior tem muita violência e precisamos nos proteger dentro de shoppings que cobram estacionamento. E nos deixam seguros. Então parei de freqüentar o cinema. E até filme no vídeo, ou DVD, eu tenho vídeo ainda, não tenho saco. Só assisto quando tenho muita intimidade com o filme, isto é, já assisti no mínimo umas 4 vezes e está garantido que gosto. (Acho que estou fiando...c velha.) E de preferência com final feliz. Na última semana superei as expectativas fui 2 vezes ao shopping, assistir filmes, Alice, na quarta, e Homem de Ferro, no sábado. O Pedro que de bobo nada tem estranhou meu comportamento. E achou, sei lá, que algo talvez de ________ fosse acontecer. E o pior eu gostei do homem de ferro ii. E como disse o Pedro, e concordo com ele, esperava mais da Alice. Adoro conversar com você sobre esses assuntos. Amor. Hoje nós dois iremos ao Cine[clube]estação, velha de trem, na Carioba, e ele já perguntou em que filme eu vou dormir. (gargalhada), foi-se o tempo em que eu te levava a lugares que te faziam adormecer. depois das seis da tarde só barulhos suaves para seu sono ser tranquilo e renovador. Não dá pra dormir lá. É uma estação de trem, os trens passam, e trem faz barulho. E vai te acordar. e os assentos são desconfortáveis. é pura aventura, amor, uma sequência delas. O filme de hoje é: “A pessoa é para o que nasce”. O lugar eu adoro. Precisam ver os banheiros!!!. E a porta da sala de exibição. Mas o melhor é o tempo, parado do filme, que espera o barulho do trem passar. Quando o trem passa, já nos avisam antecipadamente, o filme faz silêncio, porque o trem chegou antes do cine neste lugar. Fazemos respeito pra ele passar. E tem pipoca e refi na faixa...(amanhã continuo)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

sim,
foi no banheiro
sim,
tem toalha ao fundo.
não,
não tocava nenhuma música.
não tinha sangue, só um pouco na blusa.
claro,
eu estou a cara da minha mãe
e tenho a mesma voz...
óbvio estava com sono, era madrugada
eu quis guardar pra sempre
os olhos inchados
sim,
a parede está em carne viva, ainda..

domingo, 2 de maio de 2010

um choro de horas
aquele que cansa
amansa
Pesa a testa e faz lembrar,
dos meninos que agora não estão lá fora,
que o mundo é grande
e não queremos espaços
Tudo compacto
Sem pacto
e um instante eterno.
Para esquecer no silêncio o excesso de noticias que torturam as sutilezas das horas que choram
o sentido

sábado, 1 de maio de 2010


Oração me livre
do escuro medo que clareia
me ocupe do corpo de retalhos
e não me cure do frio
que abre fecha feridas
horas são não me negue
a Linha da vida que espalma a mão
o passado incerto
e o futuro ponte pro fim.