quarta-feira, 29 de agosto de 2012

i,
saudades do damasco dos teus lábios
de quando te vejo
sorrir aldeas distantes
e silenciar adeus.

me reparto.


ii,
 a mágica dos olhos que cura
embolada.
crescida à pó, de serpente o seio que te alimenta
na vertigem que evapora.

iii,
te aconselho:

orar por milênios
ajoelhada nos meus pés
se te esquecer?
 será remota lembrança de pássaro de fogo, sentido no fio mudo do olhar,

que liga nossas almas
às suas asas.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

desconhecidos.

o amor acontecia no vácuo. soltavam manhãs entre os alvéolos. sábios. morreram ao lado de uma ávore que floria todas as estações.

sábado, 25 de agosto de 2012

segunda-feira, 13 de agosto de 2012




eles se amavam.

quando sentiam um cristal queimando entre os dentes

faziam silêncio.

e um  ou o outro perguntava:

"onde está?"

- aqui dentro de você.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012


o por quê do meu filho se chamar pedro
há 3 séculos. eu cansada, descansei em uma pedra. ainda cansada, olhei para o céu.
e de lá caiu uma outra pedra. fiquei, pois, entre pedras. minh' alma Carrara. escolheu Pedro de nome.

domingo, 5 de agosto de 2012