sábado, 31 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
(foto - net)
*
do trem da cris
a janela
e o horizonte
que me apita
**
dessa vávula que me escapa
na vertigem vermelha
da dúvida:
tuas perguntas são:
***
a fragilidade de te ouvir -
onde um pássaro doído
num galho fino de medroso
esqueceu das asas
para quando amanhece a imensidão
das tuas palavras
que como bolhas de sabão, despertam
sonhos. Sinto cócegas. Bato em revoada.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
organizada.
as coisas boas você
guarda aqui, nessa caixinha de cristal
as coisas ruins, nesse cesto de vime.
e as coisas que não são nem boas nem ruins?
guarda aqui, nessa caixinha de cristal
as coisas ruins, nesse cesto de vime.
e as coisas que não são nem boas nem ruins?
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
na boca dele – “tá, pausa, tá, pausa elevada, tá, mais uma pausa ríspida, tá...”
uma verdade sem fim
os livros empilhados os medos doutorados
e olhos com a profundeza da abelha
queria te dizer na cor deste fruto:
- “não sei onde fica a Armênia”
da ardência que escorre do nariz
enquanto não te olho
a certeza que vez ou outra ela se esquece:
que a vida goteja um mar (...)
e a precisão que faz os dedos, teus, alivia,
a insignificância
tradução de um poema que nunca foi escrito
(e produz folhas que serão comidas pra virar sedas)
- “só me come, amor.”
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
liberdade (drummond)
O pássaro é livre
na prisão do ar.
O espírito é livre
na prisão do corpo.
Mas livre, bem livre,
é mesmo estar morto.
na prisão do ar.
O espírito é livre
na prisão do corpo.
Mas livre, bem livre,
é mesmo estar morto.
domingo, 30 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
prometo ser fiel à alegria sem abrigo
nos porões da tua arte, sem calefação
me vê nua
sombreada de sonhos
-
me vê nua
sombreada de sonhos
-
domingo, 2 de outubro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
domingo, 11 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
gosto da desordem de um jardim esquecido. de plantas rasteiras que crescem livres porque a chuva existe e é de todos. das sombras das flores sem nomes que os olhos não enxergam. do carrapicho que grudou em mim e me ensinou aramaico, algo que aprendi em amor.
(11-02-11 - esta escrevi junto com a Joyce também.)
(11-02-11 - esta escrevi junto com a Joyce também.)
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
troca.
tá vendo aquele pedaço de céu?
desenha ele dentro de mim
prometo que te sussurro nuvens
alaranjadas
desenha ele dentro de mim
prometo que te sussurro nuvens
alaranjadas
domingo, 28 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
terça-feira, 16 de agosto de 2011
imagem net
provaremos as ilhas e o mar
sei que em alguma noite
em algum quarto
logo
meus dedos abrirão
caminho
através
de cabelos limpos e
macios
canções como as que nenhuma rádio
toca
toda a tristeza, escarnecendo
em correnteza.
reviravolta
um poema quase feito
em algum quarto
logo
meus dedos abrirão
caminho
através
de cabelos limpos e
macios
canções como as que nenhuma rádio
toca
toda a tristeza, escarnecendo
em correnteza.
reviravolta
ela dirige para a vaga no estacionamento enquanto
eu me escoro contra o pára-choque de meu carro.
ela está bêbada e seus olhos estão molhados de lágrimas:
“seu filho da puta, você trepou comigo quando não
estava a fim. Disse pra eu continuar ligando,
disse pra eu me mudar pra perto da cidade,
e então me disse pra deixar você em paz.”
tudo muito dramático e eu gostando daquilo.
“claro, bem, o que você quer?”
“quero falar com você. Quero ir pra sua
casa e falar com você...”
“estou com alguém agora. Ela foi buscar um sanduíche.”
“quero falar com você...demora um pouco pra superar as coisas. Preciso de mais tempo.”
“claro. Espere até que ela saia. Não somos desumanos. Podemos tomar um drinque juntos.”
“merda” ela disse, “oh, merda!”
pulou dentro do carro e arrancou.
a outra apareceu: “quem era aquela?”
“uma ex-amiga.”
agora ela se foi e estou aqui sentado e bêbado
e meus olhos parecem molhados de lágrimas.
está tudo muito silencioso e sinto como se um arpão
estivesse atravessado no meio das minhas tripas.
caminho até o banheiro e vomito.
piedade, eu penso. Será que a raça humana não sabe nada
sobre piedade?
eu me escoro contra o pára-choque de meu carro.
ela está bêbada e seus olhos estão molhados de lágrimas:
“seu filho da puta, você trepou comigo quando não
estava a fim. Disse pra eu continuar ligando,
disse pra eu me mudar pra perto da cidade,
e então me disse pra deixar você em paz.”
tudo muito dramático e eu gostando daquilo.
“claro, bem, o que você quer?”
“quero falar com você. Quero ir pra sua
casa e falar com você...”
“estou com alguém agora. Ela foi buscar um sanduíche.”
“quero falar com você...demora um pouco pra superar as coisas. Preciso de mais tempo.”
“claro. Espere até que ela saia. Não somos desumanos. Podemos tomar um drinque juntos.”
“merda” ela disse, “oh, merda!”
pulou dentro do carro e arrancou.
a outra apareceu: “quem era aquela?”
“uma ex-amiga.”
agora ela se foi e estou aqui sentado e bêbado
e meus olhos parecem molhados de lágrimas.
está tudo muito silencioso e sinto como se um arpão
estivesse atravessado no meio das minhas tripas.
caminho até o banheiro e vomito.
piedade, eu penso. Será que a raça humana não sabe nada
sobre piedade?
um poema quase feito
Eu vejo você bebendo numa fonte com suas
minúsculas mãos azuis, não, suas mãos não são minúsculas
elas são pequenas e a fonte é na França
de onde você me escreveu aquela última carta e
eu respondi e nunca mais obtive retorno.
você costumava escrever poemas insanos sobre
ANJOS E DEUS, tudo em caixa alta, e você
conhecia artistas famosos e muitos deles
eram seus amantes, e eu escrevia de volta, está tudo bem,
vá em frente, entre na vida deles, não sou ciumento
porque nós nem nos conhecemos. estivemos perto uma
[vez em
New Orleans, metade de uma quadra, mas nunca nos
[encontramos,
nunca um contato. assim você seguiu com os famosos,
[escreveu
sobre os famosos, e, claro, descobriu que os famosos
estavam preocupados com a fama deles - não com a jovem e
bela garota em suas camas, que lhes dava aquilo, e
[que acordava
de manhã para escrever em caixa alta poemas sobre
ANJOS E DEUS. nós sabemos que Deus está morto, eles nos
[disseram,
mas ao ouvi-la eu já não tinha tanta certeza. talvez
fosse a caixa alta. você era uma das melhores poetas e eu
disse para os editores, "publiquem-na, publiquem-na,
[ela é louca, mas é
mágica. não há mentira em seu fogo". eu te amei
como um homem ama uma mulher que jamais tocou,
[para
quem apenas
escreveu, de quem manteve algumas fotografias. eu poderia
[ter te
amado mais se eu tivesse sentado numa pequena sala
[enrolando um
cigarro e ouvindo você mijar no banheiro,
mas isso não aconteceu. suas cartas ficaram mais tristes.
seus amantes te traíram. criança, escrevi de volta, todos os
amantes traem. isso não ajudou. você disse
que tinha um banco em que ia chorar e que ficava numa
[ponte
e a ponte ficava sobre um rio e você sentava no seu banco de
[chorar
todas as noites e descia o pranto pelos amantes que
te machucaram e te esqueceram. escrevi de volta mas não
[obtive
qualquer retorno. um amigo me escreveu contando do seu
[suicídio
3 ou 4 meses depois de consumado. se eu tivesse te
[conhecido
provavelmente teria sido injusto com você e você
comigo. foi mesmo melhor assim.
Charles Bukowisk.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
é preciso jogar tudo fora
começou pela saliência na nuca
estranha
a mim fora.
não deveria escrever em dias quentes
as tintas suam.
fui comprar travesseiro,
(pra ver se melhora as dores nas costas)
fiquei perdida no meio dos cílios
domésticos, úteis.
estou sem vontade de nada
sinto alguém puxando meu pescoço
arrancando
com as mãos
engraçado que quando
duas semanas
tenho pouca força
ainda espirro
começou pela saliência na nuca
estranha
a mim fora.
não deveria escrever em dias quentes
as tintas suam.
fui comprar travesseiro,
(pra ver se melhora as dores nas costas)
fiquei perdida no meio dos cílios
domésticos, úteis.
estou sem vontade de nada
sinto alguém puxando meu pescoço
arrancando
com as mãos
engraçado que quando
duas semanas
tenho pouca força
ainda espirro
domingo, 31 de julho de 2011
“o mundo e o eu, a luz e o fogo, distinguem-se nitidamente e, apesar disso, nunca se tornam definitivamente alheios um ao outro, porque o fogo é a alma de toda a luz e todo o fogo se veste de luz. Assim não há um único ato da alma que não adquira plena significação e não venha a finalizar nesta dualidade: perfeito no seu sentido e perfeito para os sentidos: perfeito porque o seu agir se destaca dela e porque, tornado autônomo encontra o seu próprio sentido e o traça como que em círculo à sua volta.”
*lukács, 1962, p. 27
*lukács, 1962, p. 27
sexta-feira, 29 de julho de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
poema para o pedro ler daqui 20 anos -
filho,
os anos, entrados,
vividos
me ensinaram a amar o tempo
e a significar o silêncio.
ps. parabéns, sempre. (e não vou esquecer da chuteira de futebol de salão, sem cravos (flor?), de qualquer cor, menos rosa - (flor?). rs. amo você.
(hoje o pedro faz 12 anos.)
os anos, entrados,
vividos
me ensinaram a amar o tempo
e a significar o silêncio.
ps. parabéns, sempre. (e não vou esquecer da chuteira de futebol de salão, sem cravos (flor?), de qualquer cor, menos rosa - (flor?). rs. amo você.
(hoje o pedro faz 12 anos.)
sexta-feira, 15 de julho de 2011
sábado, 9 de julho de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
na casa o que mais machuca
é o som das paredes
a suspirar.
no choro o que mais preciso
é o fino das paredes
a transpassar
das estradas o que restam
são:
1. o cansaço dos pés;
2. o que esqueci no encanto do sono;
3. a leveza da vida que respira no corpo;
4 e, por fim, aqueles lacinhos feitos de lã, que hoje servem de chaveiro esquecido (junto a chave que você ainda olha, pendurada na sala daquela casa velha,)
é o som das paredes
a suspirar.
no choro o que mais preciso
é o fino das paredes
a transpassar
das estradas o que restam
são:
1. o cansaço dos pés;
2. o que esqueci no encanto do sono;
3. a leveza da vida que respira no corpo;
4 e, por fim, aqueles lacinhos feitos de lã, que hoje servem de chaveiro esquecido (junto a chave que você ainda olha, pendurada na sala daquela casa velha,)
sexta-feira, 1 de julho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
A ideia se desfez, nas unhas,
mas continua vermelha, de uma flor aveludada, tecida por dentes,
foi nela que plantei os fragmentos da história, flor-de-sangue, mato crescido, história-não-vivida, no pedaço de vida – diluída.
o corpo tem luz nas tuas vestes.
Ouço na água levada pela fonte: emanada;
esquecida:
que o amor é esquecimento.
domingo, 26 de junho de 2011
porque sumiremos todos na mão da parteira.
se você esquecesse a caneta, diria o nome. soletrada a nossa sílaba, esguio, no corpo de uma enguia,
não consigo traduzir aquilo que procuro, marco horas e um tempo pra chegar na antevéspera da vida,
pra ser um dia, além de um dia, este verbo que inventamos, para o encontro que foi às flores
guardei com sal e calor o amor
é véspera, me arrumo, e ainda é noite
quando recolhe a história, sussurro o cheiro da flor no teu nome. os ouvidos apelam pro tempo.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
boa tarde, meninas (...)
envio o que escrevi da minha experiência com as crianças e adolescentes na oficina.
e pensei, já que é mais fácil qdo estou em contato com eles, em dar ênfase em cada mês no relatório
selecionando assim a produção deles na oficina
enfatizando o olhar das crianças e adolescentes
eles escrevendo o relatório
que acham?
, um beijo,
22-03-11
que acham?
, um beijo,
22-03-11
produção do gabriel
agora sim
agora sim
Oficina de desenho: “Eu não sei desenhar direito”
No dia 22 de março participei de uma oficina de artesanato com crianças no projeto social tal. Como sempre acontece na roda de conversa do dia, as crianças e adolescentes decidiram qual atividade gostariam de participar. Normalmente é colocada na roda as atividades do dia programadas pelos educadores, que relacionam para a escolha das crianças. As atividades são culturais e esportivas, neste dia foram convidadas para: assistir a um filme, participar da oficina de artesanato, do teatro, e do futebol.
Um dos adolescentes optou pelo artesanato, cheguei um pouco depois, e, ele já estava sentado colorindo um desenho impresso. As aulas de artesanato têm como proposta atividades fechadas e livres de desenho e pintura.
Contei para ele qual era a minha idéia para este dia na aula de artesanato, pois em geral são outros educadores que conduzem esta atividade. E convidei-o a pensar desenhos que fazemos mentalmente. Mas mesmo assim disse que ele estava livre para continuar a colorir se quisesse. Ele topou mudar o rumo do estava fazendo. Neste momento foi chegando mais crianças e adolescentes, ao final da atividade foram produzidos 14 desenhos. Quando convidava para atividade eles diziam que não sabiam desenhar direito, que ficava muito feio, então, começamos a conversar sobre o que é “feio”, sobre o que pensamos ser “direito”. Fazendo os desenhos, trabalhando com as mãos, inventando histórias, e conversando sobre coisas comuns do dia-dia: o tráfico, e, atuação dos lideres do bairro.
Agora enquanto escrevo este texto, parei por duas horas, dois dos participantes da oficina de ontem, vieram até mim e me convidaram pra desenhar. O primeiro me pediu pra me desenhar (pra posar pra ele, minhas palavras), e me desenhou, depois fez o desenho da própria imagem, o Renan tem dez anos, e ontem optou por colorir um desenho pronto,. Então sentamos no mesmo lugar com lápis e caneta,. e neste momento a Ana Paula Fernandes, uma moça aqui da comunidade, que trabalha como auxiliar de serviços gerais, se juntou para fazer flores artesanais, (me ensinou a fazer.)
Após o primeiro convite de ontem nasceu no dia seguinte outra oficina de “eu não sei desenhar direito”. O Renan já disse que amanhã quer desenhar de novo. E a Ana Paula comentou que terá que pintar guardanapos e ficamos de pensar juntas como faremos para ilustrar os guardanapos. Olhamos na internet obras de pintores famosos: Frida Kahlo, Van gogh, Marc Chagal, ela se interessou muito pela Frida. (aliás, a Paula me levou o filme da Frida e um livro que tinha. Enquanto isso os guardanapos estão branquinhos) Fizemos uma “oficina de artesanato” no improviso, e surgiu uma nova idéia no momento em que nos concentrávamos no trabalho manual.
O propósito do texto se ampliou, pois a princípio a idéia era somente relatar a atividade, mas como aconteceu concomitante ao texto um novo evento, resolvi relatar também. E percebo que quando estamos fazendo a atividade a interação é maior e o convívio se beneficia.
Após a conversa com a Paula acabou por nascer também a próxima “oficina de artesã-nato. (o pintor pensado foi : Paul Klee, ideia da paula)
05.11.99
é porque as palavras não dizem nada.
Às vezes a entonação delas alguma coisa
mas em geral existe um silêncio maior
tem uma força embutida na força na hora de se tocar,
igual nas linhas
um desafino
em relação aos dedos e as palavras que me diz.
entre uma coisa e outra eu te acho. Às vezes parece que é o tempo, outras o espaçamento,
só sei que se condensa ao que sou.
07.06.2010.
Depois da tentativa frustrada de receber verbas pro projeto com os meninos de rua
Saí do bairro com vocês dois na cabeça. (enquanto olhava pelo retrovisor – duas crianças sendo revistadas pela polícia, - desde janeiro deste ano a polícia está mais presente, não raro vejo carros sobre as calçadas e adolescentes sendo perseguidos nas ruas , o município agora tem uma secretaria de segurança pública - na esquina, na tarde de quarta feira dia 07.06.10, com o sol alto.)
o fato é; neste bairro os fios elétricos revelam: há crianças nas ruas. - tem pipas presas, penduradas nos postes, sapatos e outros objetos...
Minutos antes ele foi me abraçar. Era só despedida, eu disse. Ele encostou o nariz no meu ombro me levando pra dentro dele.
a alma naquele território
a quele que o rio não corta,
o quilombo,
naquele onde metade, das gentes, sabe que está em guerra
e a outra finge que não sabe.
a quele que o rio não corta,
o quilombo,
naquele onde metade, das gentes, sabe que está em guerra
e a outra finge que não sabe.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
ganhei uma pulseira de linhas coloridas
escreve teu nome?
não, escreva poesia.
poesia.
isso. peço toda hora pra que não volte. é muita poesia pra mim.
peço toda hora pra que não apareça. é muita poesia pra mim.
aqui poesia é um nome em uma pulseira que ganho de linhas
ela escreveu as linhas olhou da ponte as pedras
a ponte é bonita
água viva um afronte às pedras; ela é água.
antes de ir até a ponte
todas as palavras que ele não disse
ficaram condensadas na friagem do peito dela
era tarde, mas manhã. ela não pensou em nada. na friagem do peito que era manhã.
escreve teu nome?
não, escreva poesia.
poesia.
isso. peço toda hora pra que não volte. é muita poesia pra mim.
peço toda hora pra que não apareça. é muita poesia pra mim.
aqui poesia é um nome em uma pulseira que ganho de linhas
ela escreveu as linhas olhou da ponte as pedras
a ponte é bonita
água viva um afronte às pedras; ela é água.
antes de ir até a ponte
todas as palavras que ele não disse
ficaram condensadas na friagem do peito dela
era tarde, mas manhã. ela não pensou em nada. na friagem do peito que era manhã.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
entender os números
a ordem do tempo
a matemática da vida
aquele mais um amanhecer
aquela mais uma alegria
aquela mais uma tristeza
e a ordem do tempo
num instante
- a pronúncia daquela palavra distante
que traz o teu corpo pra mim
a mentira que habita a tristeza
do que olho da janela.
(e nenhuma mais palavra vai sair da minha boca)
tanto faz tristeza e alegria: te escapo um sorriso.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
a violeta de Ana
ganhou um suporte de vidro hoje
a violeta de Ana, chama-se: Daniela.
da explicação sobre o que eu escrevo:
tem 3 meses eu levei uma violeta pra Ana
Ana não sabia a diferença entre rosa e vermelho,
mas pintava flores.
mas era proibido cuidar das flores no hospital psiquiátrico
então cuidei pra ela.
quando saiu de lá, entreguei a violeta à Ana.
e hoje Ana comprou um vaso transparente (...)
sábado, 7 de maio de 2011
sexta-feira, 6 de maio de 2011
domingo, 1 de maio de 2011
sentei, pedi um café
ele me vendeu três versos
e aí, o poema ficou sem fim
o café sem açúcar e caro
e o poema sem fim
passaram a noite andando por mim
(guarde na caixa transparente
as palavras amanhecidas)
- depois, deixe-as até amarelecer
(me beije enquanto isso)
pra inventar o tempo
e apareça por aqui
apareça por aqui.
ele me vendeu três versos
e aí, o poema ficou sem fim
o café sem açúcar e caro
e o poema sem fim
passaram a noite andando por mim
(guarde na caixa transparente
as palavras amanhecidas)
- depois, deixe-as até amarelecer
(me beije enquanto isso)
pra inventar o tempo
e apareça por aqui
apareça por aqui.
terça-feira, 26 de abril de 2011
de tantos plurais. margens.
hoje de tudo que quero
é só uma música
um aquele beijo
que me passou o frio
e sonos pra tantas noites
sem sonhos
sexta-feira, 22 de abril de 2011
domingo, 17 de abril de 2011
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