segunda-feira, 14 de setembro de 2009

sonho
não consigo destruir essa palavra,
não vejo horizonte para ela,
não enxergo com os meus olhos pequenos.
quando canso sinto a minha boca maior do que é. mas sei como ela é. então sentir não transforma a minha boca. minha nuca adormece e choro fácil, frágil e dolente. e me pergunto:
de quantos rios é feito um mar?
de quantas pedras um altar?
de quantos desvios uma estrada?
de quantos eus um você?
de quantas ausências um olhar?


não sei. sei.

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eu não sonhei, sonhei.