domingo, 21 de junho de 2009

taquara-branca



estradas mal dormidas

lembram passagens da minha vida

do cão que late alto dentro de mim

sinto o cheiro da terra poeir(r)*ão

quando o j(g)i(ee)pe passa num carreirão

lembrando a minha solidão

sinto

os carreadores da minha vida


em que me dei inteira


(resíduos de gente ácida em mim)

durmo

as brincadeiras de criança

divididas em meninos e meninas

as estórias que contavam

de sapos que amedrontavam

os terreirões estrelados

da lua amarelada


do céu interior...

*Maria José, minha mãe, o tempo me ensinou a errar... ainda que tenha produzido 'corretores de textos' - não me adapto àquele vermelhinho que pinta o chão da palavra, continuo a preferir você.



Um comentário:

  1. e eu, reclamando de abandono, já havia me esquecido de que você havia me pedido para ler seu blog. fico envergonhado, dani, e peço seu perdão. vou levar tempo para ler tudo. vou ler aos pouquinhos, mineiramente. sou da mooca, mas minha mãe deixou para mim um pouco de mineiridade. dani, seus versos são lindos. tipo de verso que eu gostaria de escrever. como de mim não saem mais versos, vou ficar te invejando, dessas invejas boas, quando a gente fica feliz pela beleza daquilo que os amigos fazem. seus versos são lindos porque você é linda, dani! aliás, essa estrada cai bem com uma bike, menina!!! chico

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eu não sonhei, sonhei.