segunda-feira, 1 de junho de 2009

deslapidar-se

Estava pensando em coisas. Coisas, que sinto e nunca, jamais, saem de mim. Ficam represadas, são muitas vezes desviadas, conduzidas para outros caminhos ou muitas vezes se acumulam, simplesmente. Em alguns momentos pingam de mim, em outros jorram. Não sei explicar. Não possuo vocabulário suficientemente adequado para tanto. Ou, talvez, penso que se possuísse explicaria além de mim, além do que sinto. Minhas palavras são minha medida. Às vezes, livre de mim, outras, prisão pro que sinto, mas ainda não existe. Eu me lembro de olhar coisas e simplesmente olhar. Agora as vejo dentro de mim. Imagens brotam, facilmente, suavemente. Parece brincadeira de criança a sobra do mundo. Vou até o fim de todas, sem medo. Posso suportá-las cada dia mais. Fruí-las fluindo. ...bela como nunca me vi, cor de rosa brilhante nos lábios, blusa de lese branca. Atraindo borboletas suaves e delicadas num céu dia reluzente. Leve peso transitório de fumaça, agora, olhos de serpente, tecido bruto da alma rasgada do belo feio. Olhos de nada. Des.lapidar-me.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

eu não sonhei, sonhei.