domingo, 7 de março de 2010

Na verdade hoje queria escrever algo definitivo. Uma definição pra você jamais esquecer de mim. Que tenha começo e um fim. Que seja amplo. Que te dê vontade de mostrar-se por inteiro. E assim eu poder te ver. O que é ou o que te contaram pra ser. Com nome e endereço. Com seus apegos. Suas imagens, seus textos. Suas vertigens e recomeços. Ver o que acredita. Enxergar seu deus. Seus medos. Para fazer uma tese e pensar depois de dias, cansada de tantas ideias, por que você não é meu?, e não chegar a conclusão nenhuma. E fugir da verdade, e não buscar as certezas que te escondem de mim. Poder ser eu, tão eu, que assim te impediria de se aproximar, de tão perto que ficaria. E esqueceria tudo, pra chorar a falta de memória que eu te daria, ao providenciar conchas e poções que de noite te embebedariam. Na verdade era isso que queria. Te convencer a se delatar, a dizer quem é. E onde está.. só isso,

Um comentário:

  1. esse é um texto
    que eu queria ter escrito.
    de tão satisfeito que fiquei depois de ler.

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eu não sonhei, sonhei.