(...) ‘pode ser esse lado do travesseiro?’
-‘ num sei, vou tentar (...)’
- ‘deu?’
-‘ ainda não sei! eu queria trazer meu paninho, mas minha mãe disse que era para eu ser gente grande.’
-‘entendo. quer que eu continue a história?’ e aproveitou um sorriso.
- ‘sim’
Era a primeira vez que Gabriela ficava dias e noites em casa. Pousava. Ela morava em Santa Cruz do Rio Pardo, região de Ourinhos, os pais nunca foram casados, e agora ela convivia com duas famílias.
- ‘parece que está amanhecendo né Dani’.
-‘ sim querida. oh, tenta essa ponta do travesseiro, vê se dá!?’
- ‘será que já amanheceu, Dani?!’
-‘ num sei querida!’
-‘tô com saudade da minha mãe.’
- ‘eu sei. e todo o dia nesta casa esta semana, te prometo, amanheceremos saudade.’
-‘você não parece mãe. você sabe cozinhar?’
Foi à pergunta mais difícil que eu respondi na vida! e a Gabriela só tinha 7 anos. Ou melhor a ‘Su’ como gostava de ser chamada pela mãe.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
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eu não sonhei, sonhei.