Hoje amanheci selecionando imagens na memória. Amanhã: 10 anos. São tantas lembranças doces: impossível colocá-las em um álbum organizadas cronologicamente ou em grau de importância. Elas vão de festas aas noites febris tão facilmente, sem dor com dor tão calmamente. Um toco de gente vestido de sol cantando – ‘nem o sol, nem o mar, nem o brilho das estrelas, tudo isso não tem valor sem ter você...’ E o hominho sendo refrescado com paninhos na noite de febre ‘com dores nos dolhos’ a me acalmar: fica tranqüila o remedinho vai resolver, mãe. A aquarela para o presente que rasgou e jogou na estrada quando ventava, nós dois paramos para recolher os pedaços e colá-los, era azul e vermelha e a mistura fez um tom lilás, tão seu. Agora não dá mais para brincar de avião (nem o moderno, nem o antigo - teco-teco) nas minhas pernas, mas o tatame ainda está valendo. No mesmo lugar nossas atuais conversas proibidas sobre a Juliana Paes – em que me põe a pensar pensando. Suas dúvidas – por que sempre escolhe o caminho mais distante? . Esse, eu (é) seu (sei) vai nos levar para Minas. Porque já fui aa Minas e todos os caminhos que vão para lá são iguais. Uma ânsia de sentido. Bússola abstrata. Como mede o amor? Com termômetro? Inventamos nossa língua esse dia e rimos muito: então, tá*. Ah ta**. (*também amo,**amor, traz amor...). A tristeza, mãe, é um palhaço sem face pendurado na parede do meu quarto. A alegria, filho, é uma flor delicada que podemos olhar da janela a qualquer hora,
domingo, 19 de julho de 2009
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que imagem linda essa do palhaço na janela, dani! linda e muito literária!
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