terça-feira, 20 de abril de 2010

o vento te traz

Você poderia evitar lembranças?
De festas, de aniversários, de mim, que me liguem aos nós.
Hoje quero estar vazio. Acho que os pensamentos que me acompanham não serão jogados por aqui. Tem fissura aqui, racha, tensa, me lembra força que ao final acaba por inscrever barulho, rachadura. Trinca em som.
"O que você lembra?" suspiro confuso, sem som.
De algodão, nome, sangue. Sem lembranças, por favor!?
"Limpe isso então."
No jardim tem flor. No meio, esperança, se mente,? E é na gine...ai não lembro o nome do órgão reprodutor da flor, qual é?
"seu."
céu, -> fruto, que irá comer, na flor. no chão confuso da vida que dita regras pra amar, pro amor. a regra é para que todos sempre façam o que sempre iriam fazer sem as regras. inventam nós. os nós me doem. sem lembranças por favor...
só se for, seu!
"Sem lembranças, por favor!"
Algo preciso descobrir. É um caminho teórico, fechado, daqueles que se escondem, não!, falam, entre eles, e entre eles quanto mais sabem, falam. Só entre eles. E eu minto. Mas não sei.
Evito lembranças.
No chão daquele jardim tem flor. Fico sem ar, a flor tem olho e reproduz, embaça o meu amor. Embasa a teoria que não chegará até mim.
O algodão encharcado de sangue molha a flor. Deitada na grama geme de amor. E chora sem qualquer dor. O tiro queima a pele. E os meninos mostram os dentes, vingança. E a flor lembra até morrer sem afeto sem amor.
"Evite lembranças amor"....
não chore. me traz dor.

2 comentários:

  1. eu não escrevi, pari.
    Caio S.

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  2. no entanto, faço ódio comigo, não faça amor. Não é o sorriso dos teus lábios que quero, é teu veneno.

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eu não sonhei, sonhei.