segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Etnopoética*

Escorri o medo da vida
No receio da (des)esperança.
Corri dos anseios da espera ao
Misturar no mesmo lapso:
Pretérito e futuro
do presente, nascido nas horas distraídas do acaso.
limito-me a tempos de verbos existentes.

Num caminho já feito de horizonte vertical
Grito meu erro
escuro eco
E não há muro que não me escape
pois é nos vãos da prisão que encontramos as fronteiras da liberdade.

Poesia: exercício de pensar.
Desconstruir o breu da certeza.
Desregrar a alma...

*A primeira vez que ouvi este termo foi em um texto de antropologia, vale "a pena": O fétido odor da morte e os aromas da vida. Poética dos saberes e processo sensorial entre os Piaroa da bacia do Orinoco (Joanna Overing)

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eu não sonhei, sonhei.