segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ao espaço de uma mão

de tudo que preciso um espaço de uma mão
de tão perto nem me olha
o que não o preciso
uma distância de vento adormece o ouvido
e o sorriso que vejo, cega, com as pontas dos dedos
que vejo com as pontas dos dedos
 alcança com as mãos

quando serve alça com as mãos

e tudo que não:
toca com a mão esculpida, delicada e expressiva, em mármore
que não vejo. mas diz com a mão em mármore esculpida aquilo.  não uso não me serve.
mas esculpida em mármore, diz
o que sente quando não vê. quando não espera.
fica na nuca um desenho quase em desuso, que não vejo, nem espero, nem quero, nem sei, nem posso, nem devo, quase como o sol da manhã.

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eu não sonhei, sonhei.