terça-feira, 1 de maio de 2012


minha amiga querida.

ontem enquanto pensava em você embrulhei essa imagem
 parti em 4 pedaços
na margem escrevi

ao queimá-la recite três vezes uma palavra desconhecida em todos os tempos e dimensões.

sempre fico sem jeito; sou péssima em terminar cartas, às vezes: é  o abismo.

com amor

dani

4 comentários:

  1. enquanto eu lia, inusitado:

    as letras tornavam-se formigueiro,
    balé vertigem.
    as letras foram-se apertando umas contra as outras,
    talvez se abraçassem - que sei eu de intimidades literárias, ainda mais de letras que se recusam fixas.
    ao lado, a janela abre-se para a noite,
    brisa fria recorda incenso.
    nas mãos, livro vidro,
    um espelho feito de letras,
    minha face...


    e uma formiga escorria pelo canto dos olhos.

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  2. na escrita, em cada abismo todas as possibilidades. talvez porque a tinta tenha o aroma de camélias e prados com o teu nome.

    beijinho, dani!

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  3. uma carta é sempre um lar de palavras

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eu não sonhei, sonhei.