quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

histórias que corrigem"(*)" textos

Ela puxou o fio de ouro num atalho de penas de dentro da barriga do pássaro-mulher.

Bordou um filtro de sonhos em forma de estrela e de tão fino o fio os olhos doíam em cinco pontas um sol suave e amarelo reinventou o amanhã.


O teto era a luz que atravessava a sua pele E o sol dos fios aquecia a casa toda ao margear as portas fechadas. Uma samambaia verde que foi dividia em três e demorou a crescer era uma sombra que nunca foi abandonada por ela mesmo quando era uma ponta de broto sem graça sem viço sem vida.

Ao acabar o bordado nos ventos de um altar observou o bastidor vazio aliás o tecido era o céu desejou juntar todos numa colcha dourada cerzida com a alma-dança que durante muito tempo protegeu do frio os dois amores.

E a noite passou bem dormida como há muito tempo não acontecia naquela lugar.


Tardou as primeiras palavras do anjo que não sabia escrever. Em respeito não leu as palavras que ele não escrevia. O silêncio de alguém é precioso. porém. cobriu os seus medos com a colcha aquecida de uma ideia de sol. E leu uma história sem preço de um homem que não existia e naquele dia da mesma noite em que todos dormiam a felicidade foi tão grande que o amor seria inventado caso soubessem.



*segundo o dicionário priberam da "língua portuguesa":
1. Emendar.

2. Censurar, reprimir, castigar.
3. Modificar, temperar, regularizar, por compensação (tratando-se dum maquinismo).

2 comentários:

  1. obrigado pela visita ao Casa de Paragens e pela leitura. Adorei essa sua palavra desenhada...
    beijos

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eu não sonhei, sonhei.