eu vejo obstáculos. não, não é. é o chão se abrindo como céu. tecendo o caminho. parece precipício. vertigem da próxima queda. sim, todo chão se faz céu, quando pisamos, para quem sabe o amanhã incerto. está escuro aqui, meus pés são embalados por uma grama amanhecida, úmida. tecida de ontem. segure nas paredes, tem tijolos vazados, serve de apoio. meus dedos sentem a secura deles, os barros invadem meus ossos, e O sussurro do vazio me gela. tem um lugar onde as pessoas se machucam com as palavras. a ferida se abre e olha pro céu. o céu é azul e cinza. eu tenho certeza. vi naquele pedaço de fotografia que você me mostrou. estava tudo lá. a essência do céu que viu no espelho da porta de fechadura de ouro. agora eu posso dormir em paz. e sonhar com o ouro.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
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eu não sonhei, sonhei.