Jan Saudek. net.
*
depois do barulho todo
os orientes
os acidentes
os olhos doces
o vácuo transparece
em todas as palavras que existem
e não sei.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
(foto - net)
*
do trem da cris
a janela
e o horizonte
que me apita
**
dessa vávula que me escapa
na vertigem vermelha
da dúvida:
tuas perguntas são:
***
a fragilidade de te ouvir -
onde um pássaro doído
num galho fino de medroso
esqueceu das asas
para quando amanhece a imensidão
das tuas palavras
que como bolhas de sabão, despertam
sonhos. Sinto cócegas. Bato em revoada.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
organizada.
as coisas boas você
guarda aqui, nessa caixinha de cristal
as coisas ruins, nesse cesto de vime.
e as coisas que não são nem boas nem ruins?
guarda aqui, nessa caixinha de cristal
as coisas ruins, nesse cesto de vime.
e as coisas que não são nem boas nem ruins?
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
quando me aproximo das mulheres em chama
tatuo abelhas na língua
deserto .
o tempo que exprime
de chegada e partida
-deserto.
o dia deitou-se
na cama do poeta
pra olhar as letras mortas na parede
deserto.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
na boca dele – “tá, pausa, tá, pausa elevada, tá, mais uma pausa ríspida, tá...”
uma verdade sem fim
os livros empilhados os medos doutorados
e olhos com a profundeza da abelha
queria te dizer na cor deste fruto:
- “não sei onde fica a Armênia”
da ardência que escorre do nariz
enquanto não te olho
a certeza que vez ou outra ela se esquece:
que a vida goteja um mar (...)
e a precisão que faz os dedos, teus, alivia,
a insignificância
tradução de um poema que nunca foi escrito
(e produz folhas que serão comidas pra virar sedas)
- “só me come, amor.”
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