sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

o texto que me moldura.



quando as violetas cuidam de você
 musgo segura as paredes da casa. Num fazer de tempo. No que consta; imagem, de já não sei mais do que movimenta as mãos.
É tão suave este não entender, Ana.
Puxo algo, um cordão. O esverdeado dos seus olhos está soterrado na minha visão. Nada é belo.
nem o olhar que pede pra alguém desenhar, implora, com os dentes podres, nasce em mim.
as unhas feitas, avermelhadas. o sorriso pela metade.
que me mostra: a sombra de dois que se amam no vão corrosivo da gengiva.

é Samuel e Ana.

Os corpos amortecidos do seu sorriso - Lembram:
as cores das mãos
nas tintas escorrem dedos
do sangue que brotou
o útero
contornos de você.
no espelho de casa
contornos de você



Um comentário:

eu não sonhei, sonhei.