o amor não tem cheiro
não tem lembrança
nem querência
paciência
tem rua
(e passos para se despedir)
quadro escuro
amargo de café frio
o amor passa horas
desprovando a si mesmo
provando outras bocas
amanhecendo noutros lugares
querendo provar que é água sede
e tudo
o amor me ocupa o pesamento
pra não sentir tédio
ocupa a palavra
na palma da palavra
- fruição
o amor me come pelas beiradas
e suga o caldo fazendo um barulho deselegante
o amor é deselegante
é bicão em festa
me visita aas pressas
num sábado de manhã
pra olhar nus olhos
e me esquecer pra sempre
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
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rs... estocada intermitente na boca do estômago.. ou ainda, como bem disse o César, cachoeira desabando e nos atingindo de cheio!... rs... muito bom menina...ler vc. é impactante... por vezes nem sinto as pernas! rs.. grande beijo. Joyce K.
ResponderExcluirUau! Me senti usada...
ResponderExcluiro amor me come pelas beiradas...
não raspa o prato onde cuspiu...
larga as sobras estragadas
da puta que o pariu...
Beijo, moça!