de qualquer flor, ontem,
cadeiras num círculo - tambores calados no canto da sala
amarrados com suas bocas de corda,
suplício. os
realidades:
crimes;
tráfico;
abandono;
meninas na beira da estrada;
mães.
crentes, descrentes, dedos apontados. armas.
ela levanta numa fúria de louca bate a mão no peito derruba as cadeiras
diz:
- depois que eu descobri que poderia ser capada nenhum homem enfiou mais nada dentro de mim. nem filho, nem coisa nenhuma.
saiu levando um saco de realidade embora.
silêncio.
a líder do grupo, que morreu o ano passado,
olhou pra uma qualquer sentada na roda e falou:
- amanhã, você não esquece de trazer um sonho embrulhado pra ela.
*cena, não sei se eu vivi ou sonhei, ontem, no jardim do lírios.
terça-feira, 22 de junho de 2010
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sonham com o jardim de éden, prefiro os lírios
ResponderExcluirbrava gente, bravas mulheres, duras penas
vamos assim...entre sonhos e realidades ajustando os dois
Léa
e num é que é, menina...
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