boa tarde, meninas (...)
envio o que escrevi da minha experiência com as crianças e adolescentes na oficina.
e pensei, já que é mais fácil qdo estou em contato com eles, em dar ênfase em cada mês no relatório
selecionando assim a produção deles na oficina
enfatizando o olhar das crianças e adolescentes
eles escrevendo o relatório
que acham?
, um beijo,
22-03-11
que acham?
, um beijo,
22-03-11
produção do gabriel
agora sim
agora sim
Oficina de desenho: “Eu não sei desenhar direito”
No dia 22 de março participei de uma oficina de artesanato com crianças no projeto social tal. Como sempre acontece na roda de conversa do dia, as crianças e adolescentes decidiram qual atividade gostariam de participar. Normalmente é colocada na roda as atividades do dia programadas pelos educadores, que relacionam para a escolha das crianças. As atividades são culturais e esportivas, neste dia foram convidadas para: assistir a um filme, participar da oficina de artesanato, do teatro, e do futebol.
Um dos adolescentes optou pelo artesanato, cheguei um pouco depois, e, ele já estava sentado colorindo um desenho impresso. As aulas de artesanato têm como proposta atividades fechadas e livres de desenho e pintura.
Contei para ele qual era a minha idéia para este dia na aula de artesanato, pois em geral são outros educadores que conduzem esta atividade. E convidei-o a pensar desenhos que fazemos mentalmente. Mas mesmo assim disse que ele estava livre para continuar a colorir se quisesse. Ele topou mudar o rumo do estava fazendo. Neste momento foi chegando mais crianças e adolescentes, ao final da atividade foram produzidos 14 desenhos. Quando convidava para atividade eles diziam que não sabiam desenhar direito, que ficava muito feio, então, começamos a conversar sobre o que é “feio”, sobre o que pensamos ser “direito”. Fazendo os desenhos, trabalhando com as mãos, inventando histórias, e conversando sobre coisas comuns do dia-dia: o tráfico, e, atuação dos lideres do bairro.
Agora enquanto escrevo este texto, parei por duas horas, dois dos participantes da oficina de ontem, vieram até mim e me convidaram pra desenhar. O primeiro me pediu pra me desenhar (pra posar pra ele, minhas palavras), e me desenhou, depois fez o desenho da própria imagem, o Renan tem dez anos, e ontem optou por colorir um desenho pronto,. Então sentamos no mesmo lugar com lápis e caneta,. e neste momento a Ana Paula Fernandes, uma moça aqui da comunidade, que trabalha como auxiliar de serviços gerais, se juntou para fazer flores artesanais, (me ensinou a fazer.)
Após o primeiro convite de ontem nasceu no dia seguinte outra oficina de “eu não sei desenhar direito”. O Renan já disse que amanhã quer desenhar de novo. E a Ana Paula comentou que terá que pintar guardanapos e ficamos de pensar juntas como faremos para ilustrar os guardanapos. Olhamos na internet obras de pintores famosos: Frida Kahlo, Van gogh, Marc Chagal, ela se interessou muito pela Frida. (aliás, a Paula me levou o filme da Frida e um livro que tinha. Enquanto isso os guardanapos estão branquinhos) Fizemos uma “oficina de artesanato” no improviso, e surgiu uma nova idéia no momento em que nos concentrávamos no trabalho manual.
O propósito do texto se ampliou, pois a princípio a idéia era somente relatar a atividade, mas como aconteceu concomitante ao texto um novo evento, resolvi relatar também. E percebo que quando estamos fazendo a atividade a interação é maior e o convívio se beneficia.
Após a conversa com a Paula acabou por nascer também a próxima “oficina de artesã-nato. (o pintor pensado foi : Paul Klee, ideia da paula)
05.11.99
é porque as palavras não dizem nada.
Às vezes a entonação delas alguma coisa
mas em geral existe um silêncio maior
tem uma força embutida na força na hora de se tocar,
igual nas linhas
um desafino
em relação aos dedos e as palavras que me diz.
entre uma coisa e outra eu te acho. Às vezes parece que é o tempo, outras o espaçamento,
só sei que se condensa ao que sou.
07.06.2010.
Depois da tentativa frustrada de receber verbas pro projeto com os meninos de rua
Saí do bairro com vocês dois na cabeça. (enquanto olhava pelo retrovisor – duas crianças sendo revistadas pela polícia, - desde janeiro deste ano a polícia está mais presente, não raro vejo carros sobre as calçadas e adolescentes sendo perseguidos nas ruas , o município agora tem uma secretaria de segurança pública - na esquina, na tarde de quarta feira dia 07.06.10, com o sol alto.)
o fato é; neste bairro os fios elétricos revelam: há crianças nas ruas. - tem pipas presas, penduradas nos postes, sapatos e outros objetos...
Minutos antes ele foi me abraçar. Era só despedida, eu disse. Ele encostou o nariz no meu ombro me levando pra dentro dele.
a alma naquele território
a quele que o rio não corta,
o quilombo,
naquele onde metade, das gentes, sabe que está em guerra
e a outra finge que não sabe.
a quele que o rio não corta,
o quilombo,
naquele onde metade, das gentes, sabe que está em guerra
e a outra finge que não sabe.
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eu não sonhei, sonhei.