(gargalhadas) Mas ainda não enlouqueci. Acho.
Rir sozinha é um sintoma, acho.
Uma semana, férias, Filho, escola, portão, tarefas da quinta série. Lanches.
Enfim, vida.
- Mãe, todo final de frase você fala: “...enfim...”
Tarefa. Reunião do grupo da feira de ciências, Da quinta série. Pra quem não sabe -, já terminei a quinta. Acho.
Correria. Médico, psicóloga. Não, hoje: médico, psicóloga: amanhã. Bom. Interrompi a reunião sobre: vulcões, tsunamis, e terremotos. Ou melhor, a intensidade deles.
[- como medir a intensidade?],...”é força.” , fui ao dicionário, mãe!,
Choro, após reunião. Prazos, cobranças, trabalho.
Intensidade do choro.
Filho, por que chora?
- não. Não estou chorando.
Intensidade distraída.
Medo de ser descoberto,
...neguei no final de semana a tarefa que fiz correndo em uma hora, incompleta. Por que mentimos, omitimos de nós, nossas vidas?
Retorno. Preciso elaborar um jeito de terminar tudinho sem minha mãe descobrir minhas falhas.
Amo tuas falhas, filho.
(choro), que diacho de mundo, que escondemos-escondemos.
Bom brincar de esconde-esconde, amor...
Vamos brincar.
Casa. Jantar, [pizza, oba!] – pizza de segundona só estando de férias da mãe há uma semana.
Recomeçando o dia.
Filho desesperado. Terremoto. Ok. Tsunamis. Ok. Vulcão. Mais ou menos.
Repassando a história.
Brincam. Decidem que o maior problema a enfrentar é a cara da professora no outro dia. Diferente dos alunos haitianos.
“Então,
Lembramos do Haiti, choramos .................p e l o H a i t i..........”
-E não inventamos a história do menino que queria viver em "slow motion"
Por conta do efeito do bater das asas das borboletas no movimento das placas tectônicas.
Da delicadeza, da gentileza.
Do profeta da gentileza.
Gentileza gera gentileza. Poesia.
Das falhas no nosso oceano.
Ao pesquisar encontramos uma tabela da escala de intensidade dos terremotos.
O filho organiza tudo. Passa corretor, muda a letra, enquadra.
Ao deitar.
Um beijo.
Mãe, a tabela vai do “não sentido até a destruição quase total”. Estuda comigo isto amanhã.
Estudo.
Volta pra cama. Deita. Sente o corpo tremer. Ouve o coração. Cabeça a latejar. Os pés a arder. Mente presa ao dia.
“Ele falava da escala de intensidade do terremoto. Acho.”
Dorme.
Amanhece:
Inventamos a história do menino que vivia em "slow motion". E brincamos de andar como se estivéssemos na lua. Poesia.
(esta eu escrevi com o meu amor maior, pe.)
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
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Mãe é uma super heroína
ResponderExcluirdeliciosa leitura,
ResponderExcluirdeu vontade de slow motion.
beijo