(i)
Você (I)quase
(prefiro não dizer, tem coisas que não cabem na minha boca)
fio de luz -
o que não sei definir ainda insisto em chamar de...
Na noite anterior me engolindo. entre dentes
E me perguntaram “qual a matéria-prima dos versos?” “você ama?”
Palavras, palavras-primas. Exprimas. prismas
Eu triste de abortar a carne, minha. Você inteiro dentro de mim. Nada existe sem um grão...
E toda aquela cor-lilás.
Uma carta, um convite, um preste atenção: há realidade, precisamos olhá-la. Não faz mal a ninguém
Mulher sem cabeça
Ferragens
Sonhos arrancados
Dor
Sentir-se parte em corpo inteiro
ser inteiro
e não passar de parte
E você nada dentro de mim. Não sei do que chamar aquilo, quase religioso
Um altar de aquarelas no olhar – quase deus.
Tem uma corda amarrada no pescoço, choro
(ii)
penso, releio. e você (II) preocupado em catalogar. em dizer: "cala-te os dedos".
refaz caminhos. se diz outro de outro lugar - para me perguntar coisas que seu ego, frágil ego, necessita. canta texto que diz são meus plágios.
aponta teu dedo e diz que eu não te entendo.
tem tanto que não sei explicar - nem quero. deixa eu te contar
quanto se está só sem nada. nem ilusão, nem sonhos, nem corpo jovem e bonito. nem espelhos. OS monstros passam pelas paredes e se transformam em pó
no breu do céu fazendo um desenho belo
com música
minha mão que me oferecia flores quando andava sem porquê
e me punha pra dormir - virando minha cabeça de lado com afeto
me chamando de amor.
quando vejo alguém aflito por saber, excesso de informação, busca louca por tudo que é entendimento
e com tantas certezas – egos -=- suas incertezas
lembro de quando aprendi a me chamar de amor.
(ouvir)
quarta-feira, 14 de julho de 2010
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Parece um desbafo, contra tudo e contra todos, sobretudo contra o amor de alguém, de algum homem: "aponta teu dedo e diz que eu não te entendo."
ResponderExcluirÉ diferente o modo como você escreve... vai construindo o texto conforme a ordem das idéias... vai soltando o que vem... Me fez lembrar de uma música construida segundo esta mesma lógica: "palavras flutuam como uma chuva sem fim dentro de um copo de papel..." (Beatles). Abração Clara, Diego Araújo da Rosa.
oh diego, obrigada!,
ResponderExcluirque lindo isso. me lembrou minha vó: "não faça tempestade num copo d'agua, menina!"
será que isso é bom?,
bom por aqui cotumam dizer que o q não mata engorda........fortalece...........
espero,
bjo,