sexta-feira, 9 de abril de 2010


Há dias a máquina acusa que estou só, há dias me acuso por estar só.
Viajo amanhã pra cidade vizinha. tarde retorno, às vésperas, pra uma discussão séria sobre saúde mental. Lamentei o seu momento, sua mãe se foi. Ela um dia esqueceu de viver. Queria me dedicar mais aos amigos. E ele me avisou - meu pai morreu. esperamos por isso. A lógica da vida é esperar a morte. Eterna. E, amigo, sonhei com você, espero notícias da gravidez e do seu filho. Um dia virá: “,vou ser pai !!” E chorei.

E você?
Não sei.
Alegria.
Penso e aparece. Já é segunda vez. Por enquanto vou ficando aqui com minha alegria sem explicação. eu prometo não ter pensamentos egoístas pela manhã, só, quanto escurecer. Eu prometo não querer nada além do que pode dar. Eu prometo não prometer nada. E estremeceu, nossa como estremeci suave. E foi ao dicionário, procurar a melhor palavra pra dizer: eu sinto por você...
e voltou, nada que se encaixasse na tua boca. Olhou. Se escondeu atrás da porta, aquela do Chico Buarque, e esperou o barulho dos teus pés avisar chegada, a tua. E se posicionou corajosa de frente pro teu olhar, e não disse nada, teve medo. Sacudiu as lembranças do jeito feliz de ser quando ama. E em seguida muita, muita vaidade, e,

... um espelho erguido entre o amor que quero que sabia que posso sentir. E o medo de saber que um dia saberá. isso me fará voltar a ser musgo...
voltei ao musgo antes do anoitecer. a vida está sempre suspensa em brisa.
esvaece. dou de cara no concreto que ajudo a armar.

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eu não sonhei, sonhei.