História de joão
Esta é uma história de qualquer joão, que um dia morreu e deixou sua história para ser contada por "sua" tânia, regina e celina, que um dia sentiu na pele o que era existir. Bom, tânia, faxineira, ela, ou eu, ah. Não sei, sei que havia uma socióloga, esta, tentava fechar o feixe de um colar verde usado, que tânia, socióloga por ora, ganhara de sua patroa, que a amava, desde que tirasse todo seu pó.
A conversa demorou mais de quinze minutos entre eu, a faxineira, e ela, a socióloga, ou o contrário? Não sei. Adoro não ser, é libertador. Talvez. Só sei que tânia, faxineira e socióloga, contou sua história, exatamente porque não conseguíamos fechar o feixe do colar verde usado e ganhado. Era natal, muitos "presentes"! Estava torto, e necessitava, ele, de muitos ajustes para se adequar ao pescoço de tânia.
Tânia, faxineira, muito trabalhadora, fazia questão de manter o seu nome com muita limpeza e correção, mas tinha um defeito: ai, como gostava de passar seu passado a limpo, era até inadequado diante de tantos "textos" para ler. Lá vai, fazer o quê, a mesma história que contada e recontada me enjoava, de tão humana que era.A história ou eu? Não, a tânia. blalalalal... João, motorista de ônibus, fazia o trajeto: Limeira\?/Americana... (*nomes e fatos são reais nesta história, não foram alterados, se não, perderiam a essência do óbvio da vida).
Um dia morreu. Homem que "era" mantinha cativas duas mulheres e uma amante. Como amava este homem, ou não amava, pode escolher? Posso eu dizer que tânia o amava. Eu sentia: nas palavras que não eram ditas. Em três teve que dividir a morte de alguém, que em vida estava dividido em três. Ele e ela. Elas, nenhuma sabia da outra, quanta inocência mulheres que "eram", vítimas de pouco amor ou muito, amor. E não saber conferia a tânia um coração cheio de perdão, e, a certeza que jamais seria de outro homem. Porque a este teria "devotado" toda a amargura e ódio que não poderia imaginar ser "dona".
Silêncio. E num suspiro, a faxineira que por ora era socióloga, fechou e "aprumou" o colar de miss(ç)angas verde. O olhar cobrava um comentário, destes inteligentes que ouvimos por aí, mas, não, ninguém falou. Eu, porque não estava presente, ausente que sempre estou. E ela, porque queria me agradar. Em tom inadequado falei toda feliz: Nossa! Ficou linda!! Então, nós nos despedimos... sentirei tua ausência nas férias. Não esqueça de mim.
Um dia terei vontade de contar essa história, mas de tão simples que somos, melhor não fazer. As palavras, minhas, não são adornadas e não te agradariam o suficiente. E "todos" reclamariam da falta de concordância.
(clara maré)
Esta é uma história de qualquer joão, que um dia morreu e deixou sua história para ser contada por "sua" tânia, regina e celina, que um dia sentiu na pele o que era existir. Bom, tânia, faxineira, ela, ou eu, ah. Não sei, sei que havia uma socióloga, esta, tentava fechar o feixe de um colar verde usado, que tânia, socióloga por ora, ganhara de sua patroa, que a amava, desde que tirasse todo seu pó.
A conversa demorou mais de quinze minutos entre eu, a faxineira, e ela, a socióloga, ou o contrário? Não sei. Adoro não ser, é libertador. Talvez. Só sei que tânia, faxineira e socióloga, contou sua história, exatamente porque não conseguíamos fechar o feixe do colar verde usado e ganhado. Era natal, muitos "presentes"! Estava torto, e necessitava, ele, de muitos ajustes para se adequar ao pescoço de tânia.
Tânia, faxineira, muito trabalhadora, fazia questão de manter o seu nome com muita limpeza e correção, mas tinha um defeito: ai, como gostava de passar seu passado a limpo, era até inadequado diante de tantos "textos" para ler. Lá vai, fazer o quê, a mesma história que contada e recontada me enjoava, de tão humana que era.A história ou eu? Não, a tânia. blalalalal... João, motorista de ônibus, fazia o trajeto: Limeira\?/Americana... (*nomes e fatos são reais nesta história, não foram alterados, se não, perderiam a essência do óbvio da vida).
Um dia morreu. Homem que "era" mantinha cativas duas mulheres e uma amante. Como amava este homem, ou não amava, pode escolher? Posso eu dizer que tânia o amava. Eu sentia: nas palavras que não eram ditas. Em três teve que dividir a morte de alguém, que em vida estava dividido em três. Ele e ela. Elas, nenhuma sabia da outra, quanta inocência mulheres que "eram", vítimas de pouco amor ou muito, amor. E não saber conferia a tânia um coração cheio de perdão, e, a certeza que jamais seria de outro homem. Porque a este teria "devotado" toda a amargura e ódio que não poderia imaginar ser "dona".
Silêncio. E num suspiro, a faxineira que por ora era socióloga, fechou e "aprumou" o colar de miss(ç)angas verde. O olhar cobrava um comentário, destes inteligentes que ouvimos por aí, mas, não, ninguém falou. Eu, porque não estava presente, ausente que sempre estou. E ela, porque queria me agradar. Em tom inadequado falei toda feliz: Nossa! Ficou linda!! Então, nós nos despedimos... sentirei tua ausência nas férias. Não esqueça de mim.
Um dia terei vontade de contar essa história, mas de tão simples que somos, melhor não fazer. As palavras, minhas, não são adornadas e não te agradariam o suficiente. E "todos" reclamariam da falta de concordância.
(clara maré)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
eu não sonhei, sonhei.