sexta-feira, 4 de março de 2011



as paredes do quarto comprimem
a umidade entra no vão
no gesto das mãos
eu me encolho pra sentir você
você que não há
que é um verso  lido de alguém
você que é um verso
a pele absorve
você que não vem
num sol
manhã claustrofóbica.

e a sandália vermelha no canto, vazia

2 comentários:

  1. ah, essas sandálias, sempre pelos cantos, sempre finalizando bem os poemas
    beijos

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  2. depois que te leio sempre me pergunto pq. não deixo um comentário. eu sempre soube a razão. porque vc. diz tudo...sempre. beijo menininha. Joyce K.

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eu não sonhei, sonhei.