quarta-feira, 17 de novembro de 2010

anotações do filme: camille claudel.

do amor talhado em mármore. frio. com ventre protegido.
do amor o lixo jogado escadaria abaixo. e os gritos. da arte os pedaços, suplicantes, das estátuas enterrados no frio, na noite, no lugar em que tirou a argila. do gênio a casca, gesso. da mulher a loucura de querer ser perseguida, de ser enterrada. e presa, pra sempre, em obras expostas em salões (...). de ser glória esculpida pela vida nossa toda em material frágil: pele. ser enterrada viva num hospício de mármore.
do mundo ser tese. entrelaçada em ideia. esculpida novamente em ideias. das cartas que viveu, só, poesia.  sua imagem presa na ideia na escultura. sua imagem presa num diagnóstico -, vida.

um trechinho do filme. compartilho com vocês.

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eu não sonhei, sonhei.